Correio da Manhã – Como encaras o disco de platina, por vendas superiores a 20 mil exemplares?
Jorge Palma- Nos dias que correm, é muito bom.
– És suficientemente ouvido na rádio?
– Neste momento, acho que a rádio está a melhorar muito quanto a passar música portuguesa. Estou a falar das rádios que, há uns tempos, só passavam praticamente música anglófona. Nem se ouvia espanhola, italiana, francesa, coisa nenhuma, senão anglófona. E, neste momento, para já, tiro o chapéu, porque estão a apoiar-me a mim, à Mafalda Veiga, ao João Pedro Pais, aos Clã e a muitos outros... Sei que a TSF está a passar muito mais música portuguesa. A Antena 3 e a Antena 1 sempre passaram. A Renascença e a RFM também.
– Tens boas reacções do público?
– Quando ando de táxi, dizem-me: ‘E pá, estou farto de o ouvir... E é muito bom!”
– E isso acontece agora?
– Sim. E acho que não foi por causa das cenas das percentagens que a rádio portuguesa vai por aí. Não pode ir nunca por imposição. Estou a lembrar-me do Mick Jagger, quando foi tocar à China... Era proibido dizer ‘bitch’ e foi a primeira palavra que o gajo disse.
– Dá-te gozo desobedecer?
– Gosto de desobedecer desde sempre, sobretudo a partir dos dez, 13 anos, em que já estava mais ou menos formado. Saí da redoma da minha mãe e fui para o Liceu Camões. E comecei a conhecer gajos em todo o lado.
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