segunda-feira, fevereiro 26, 2007

O Blogue Palmaníaco lamenta não ter podido informar em tempo útil todos os interessados, que neste domingo realizou-se um concerto extra no Centro Cultural da Malaposta.
Aproveitamos a ocasião para pedir desculpa pelas falhas técnicas dos últimos dias, falhas essas que procuraremos resolver no mais curto espaço de tempo possível.
Obrigado pela compreensão e pela participação activa neste espaço.

13 comentários:

Anónimo disse...

Sou um fã de Jorge Palma e tive a oportunidade de finalmente e pela primeira vez assistir a um concerto ao vivo dele, 6ª feira passada na malaposta. Tenho a dizer que, muito provavelmente escolhi mal o dia mas eu tal como as outras 100 e tal pessoas que lá estivemos naquele espaço não íamos adivinhar, nesse dia o Jorge Palma estava completamente embriagado, fora de controlo das suas capacidades mentais, arte e técnica. Para primeira vez, além de ficar chocado fiquei bastante desiludido pois esperava encontrar um trovador errante naquele seu estilo de desmistificação transcendental e profunda cujo carisma se revela muito próprio nos cds. Fico triste por chegar à conclusão que mais valia dar o dinheiro por um cd dele que ter ido ouvi-lo ao vivo visto que detorpou a ideia que eu juntamente com mais pessoas que lá estávam tínhamos dele. Foi um concerto de péssima qualidade, no qual Jorge Palma se esqueceu da letra das músicas, da própria música, fartou-se de inventar e alterar a verdadeira essência melódica da sua obra. Pode-se mesmo afirmar que detorpou muitas das suas músicas. Quando entrou em palco afirma em atitude de desprezo pelo público que pagou para o ouvir: "o que é que ei-de tocar" ou "o que é que querem que eu toque", sei que foi kk coisa assim, para além de não ter tocado o dá-me lume e ter adiado para o fim, sob a desculpa de que 3 seguidas era muito, músicas que o público estava farto de pedir desde o início. Afirmou também que "amanhã"[sábado] há mais. Os bilhetes do concerto só davam para 1 dia e n para dois. O público de sábado era diferente do de 6ª. Passou igualmente grande parte do tempo a improvisar no piano músicas dissonantes, contemporâneas, inspiração que por muito profunda que fosse a sua permitnência não justificava cerca de 15 minutos de música desta que segundo ele "esta nunca toquei" provavelmente para passar o tempo e afastar as mágoas que duas garrafas de cerveja que teve oportunidade de beber em palco n afastavam. A juntar a esta confusão tremenda que lhe assaltou a mente de baralhar um concerto de boa música no qual até a presidente da câmara estava com uma peça de teatro, desatava-se a rir à gargaralhada conpulsiva sem motivo aparente no meio do palco como se estivesse a fazer pouco de quem lá estava. O desespero foi tal que para além de tocar duas ou 3 músicas em inglês, mais uma que não conheço de lado nenhum, segundo ele n lhe tava a apetecer naquele momento tocar das suas, tocou a célebre música "traz um amigo também" de Zeca Afonso!
Numa fase em que todos pensavam que o alcoolismo estava ultrapassado, verificou-se que pelos vistos fazia falta o teste de soprar ao balão à entrada dos camarins do palco da malaposta naquele dia. Foi com grande pena que saí daquele banal espectáculo de entretenimento no qual nem sequer as músicas da sua autoria foram executadas com profundidade e sentimento aos quais estamos habituados graças à vasta descografia dele ao nosso dispor. Espero que para a próxima seja melhor, talvez tenha esse sido um dos motivos que levou jorge palma a fazer um concerto extra no domingo, uma possível tentativa de se redimir perante o público de 6ª feira. Tenho a certeza que se tiver a oportunidade de o ouvir novamente em público a menos que seja entrada livre, não darei nem mais um cêntimo para o ver. Prefiro sentar-me no meu sofá a ouvir os seus sons imortais que penetram profundamente em cada um de nós e nos acompanham até à terra dos sonhos, enquanto houver estrada pra andar...

Anónimo disse...

É impressionante a tacanhês de espírito de alguns...
Sexta-feira assistimos a um concerto acústico e intimista. Nestas situações é natural o contacto mais directo com o público: o à-vontade para partilhar histórias e risos, aceitar sugestões de músicas a tocar e sobretudo haver espaço para improvisações.
As músicas da autoria de Dylan vinham concerteza na sequência do concerto no Music Box, em que Jorge Palma fez homenagem a alguns dos artistas que o influenciaram na sua carreira.
O encore confirmou o bom espectáculo: duas das três músicas tocadas foram sugestões dos espectadores.
Francamente, até a sagres foi à nossa, "amigos"!

Não creio que rir seja fazer pouco dos outros; nesse caso, Palma é que foi gozado por alguns elementos do público que respondiam com risos às gargalhadas espontâneas do artista.

Claro está, gostei muito do espectáculo de sexta-feira e lamento quem não soube apreciar.

Anónimo disse...

"Encosta-te a mim
Nós já vivemos 100 mil anos
Encosta-te a mim
Talvez eu esteja a exagerar
Encosta-te a mim
Dá cabo dos teus desenganos
Não queiras ver quem eu não sou
Deixa-me chegar,
Chegado da guerra

Isto tudo pra te dizer
em nome da terra
Como para te merecer
encosta-te a mim
não desencantes os meus passos
Faz de mim o teu heroi
não quero adormecer

tudo o que eu vi
Quero partilhar contigo...

Algumas palavras de uma nova música do Jorge Palma. Fui ao concerto de Domingo. Não foi diferentes dos outros dois. Só quem lá esteve pode partilhar com ele momentos de puro improviso. Não se lembrava das letras, ok, enganos, etc... mas uma coisa é certa: o Jorge estava a curtir muito! Quem sabe apreciar e quem conhece sabe que teve perante um raro momento. Eu senti-me em casa dele, simplesmente a vê-lo fazer o que bem lhe apatecia. Quem gosta dele também gostou do que OUVIU. Depois de muitas bocas alguém gritou "gostamos de ti" ao que ele respondeu: "vocês não gostam de mim, mas sim do meu espírito!" Foi o Palma em estado puro, como que se estivesse a compor à nossa frente. Quem gosta de tudo certinho ouça os cds em casa.
OBRIGADO JORGE! ÉS O MAIOR!!!

Anónimo disse...

Chegado da guerra

Fiz tudo pra sobreviver
Em nome da terra
No fundo pra te merecer
Encosta-te a mim
Não desencantes os meus passos
Faz de mim o teu herói
Não quero adormecer

Tudo o que eu vi,estou a partilhar contigo
E o que não vivi, um dia hei de inventar contigo
Sei que não sei,às vezes entender o teu olhar,
Mas quero-te bem, Encosta-te a mim...

Tenho a letra toda, e também os acordes..É só lindo.

Anónimo disse...

Lindo!!!!!!!!!!
André, segue o meu link e envia-me um mail para falarmos! Obrigado por esse bocado, a minha gravação com telefone ficou manhosa, mas dá para saborear um pouco, antes de sairem as novas musicas.

isabel disse...

tb quero!!!

Anónimo disse...

Há aqui um óbvio paradoxo de apreciação relativamente a Jorge Palma.
Falo de Jorge Palma o artista que, creio eu, todos adoramos no sentido em que é talvez um dos mais intimistas e puros génios da música Portuguesa, seja de que era fôr, é irrelevante. Por algum motivo o apelidamos de "O Mestre".

Não estive nos concertos da Malaposta por mero acaso. Seria a enésima vez que veria o Jorge ao vivo e, como é óbvio, é sempre um prazer.
Por outro lado não lamento.
O Jorge quando sobe ao palco depois de ter bebido demais é sempre demasiadamente imprevisível, chegando ao ponto de se esquecer da música e das letras (independentemente das desculpas que queiram elaborar, bem é sabido que é quando o alcool já é demais que o nosso amigo está noutra dimensão só dele).

Ao primeiro comentário, lamento que tenha sido uma primeira experiência que tenha ficado tão marcada pelos piores motivos. Há realmente ocasiões em que Jorge Palma, o artista, não é o melhor profissional. Honestamente falando.
Por ter um público que o adora, notório por quem sai sempre em sua defesa - e eu tantas vezes defendi o Jorge - é-lhe permitido e à sua genialidade estas "pequenas peculiaridades". O público, que o segue atentamente, não terá porém que ser vítima dos exageros do artista.

Acredito ainda assim que o Jorge faz sempre o seu melhor, dentro da sua irreverência. O verdadeiro fora-da-lei, por vezes temperamental como qualquer artista e criador com personalidade como o é, mas é com alguma preocupação que o vejo outra vez seguir outra vez até ao fundo da garrafa.

Jorge, gosto de ti com uns copos, porque não?! Há-de ser sempre o maior, independentemente da sua irreverência mas seria bom que te cuidasses um bocadinho melhor. Essa conversa de ficar conservado em alcool não dá resultado, bem sei!

Bem hajam!

Anónimo disse...

já vi 3 concertos dele, 2 dos quais ele estava embriagado. preferi o unico que ele tocou sobrio, apesar de ouvir espertalhões ao meu lado a dizer q assim não tinha piada porque ele não estava bebedo...
é pena.

Anónimo disse...

Fui ao concerto do Jorge Palma, sexta-feira no teatro da Malaposta e infelizmente o espectáculo ficou um pouco aquém das minhas expectativas. Sendo este o segundo concerto a que fui dele, e tendo em conta que o primeiro foi no Casino de Lisboa, do qual não se podia esperar grande proximidade, esperava que este ganhasse pela intimidade adjacente a uma sala de teatro pequena.
A verdade é que as gargalhadas e a personalidade característica de Jorge Palma são um factor cativante para o público, disso não há dúvida, agora o excesso nunca é benéfico (não digo das gargalhadas, mas da postura demasiadamente descontraída). De facto, houve falta de profissionalismo e de certa forma desrespeito pelo público que pagou para ver um espectáculo equilibrado. Improvisos sim, letras esquecidas não há problema, boa disposição e partilha com público são coisas que são boas nos seus concertos desde que não em excesso. Jorge Palma tem que entender que as pessoas vão aos seus concertos por ele ser um bom músico, um bom compositor, pela profundidade e transcendência das suas músicas, agora o concerto não demonstrou nada disso, senti que Jorge Palma se estava a divertir (ainda bem para ele!) mas eu não pude disfrutar porque o que me fez ir lá não foi a atitude descontraída nem a irreverência, eu, tal como todas as pessoas lá presentes, fomos porque gostamos da música dele e foi por essas músicas que lá fomos.
Jorge Palma não deixa de ser um grande músico, não deixo de apreciar a sua música mas de facto, pensarei duas vezes antes de dar dinheiro para outro concerto.

Anónimo disse...

há, maioritariamente, duas opiniões distintas... eu percebo as duas e posso até concordar com ambas, no meu intimo. mas:
fui vê-lo no domingo, porque tentei o concerto de 6ª e já estava esgotado.
ele estava bebedíssimo. chegou atrasadíssimo. partiu(-se) uma corda na 1ª música. esqueceu-se de muitas letras e muitas músicas. chegou a desafiar o público (uns palhaços que pareciam estar no herman sic) tipo "mas tão-se a rir de quê? eu sei fazer isto e vocês não!". arruinou com o "quem és tu de novo"! e tudo e tudo...
imperdoável? por mim, claro que não! compreendo quem se tenha sentido roubado, mas o pessoal tem de entender que o Mestre ganhou o seu lugar! ele arrisca-se a chegar a uma sala e ñ ter lá ninguém (tudo farto da falta de profissionalismo dele), mas ele sabe q isso pode (mas nunca vai) acontecer... o jorge tem o mundo dele, quem gosta tem de compreender. o público ñ possui o artista (quanto muito é o contrário). resta-nos esperar que ele esteja bem e tudo corra bem, independentemente da sua taxa de alcoolemia (se calhar, bem próxima da meia dúzia de g/l, em alguns concertos).
bem podem querer o vosso dinheiro de volta, mas um fã hardcore que tenha visto o show de domingo pode dar-se por sortudo! ouvi o Mifá como nunca tinha ouvido ("é sempre a puta da bagagem; obviamente que ñ te esqueço Mifá Mifá Mifá", enquanto agarrava a camisola...). faltaram a yoggi pijama (que eu bem pedi), junto à ponte, passos em volta... mas falta-me sempre alguma. o alinhamento foi espectacular! e ele... o Jorge... o Mestre... esteve lá...
adorei, mas gostava de nunca mais o ver assim... por mim, e por ele.


vicentemanso@gmail.com

Anónimo disse...

só para dizer que depois de 1 ano exactamente isto
"Tudo o que eu vi,estou a partilhar contigo
E o que não vivi, um dia hei de inventar contigo
Sei que não sei,às vezes entender o teu olhar,
Mas quero-te bem, Encosta-te a mim..."

era o que queria dizer a alguém que já mo disse. mas há coisas irreversiveis, acho q esta foi uma delas.....

Unknown disse...

Olá...sou um estranho completo mas gostaria de te sugerir uma versão deste tema que podes ouvir em www.palcoprincipal.com/salex . Peço desculpa se invadi...não foi essa a intenção. Melhores Cptos. Salex

Anónimo disse...

Olá,

Parabéns aos palmaníacos pelo trabalho que fazem por carolice em honra ao Mestre.
A minha opinião sobre a actuação do Jorge em palco (e já o vi umas dezenas de vezes) é que, de facto, na maior parte das vezes está a tocar pelo menos com um grãozinho na asa. No entanto, a genialidade está lá. Esquece-se das letras por vezes é certo, mas quem é fã não se importa porque já as conhece de cor, e o que de facto interessa, que é aquela energia (invisível e inaudível e por isso tão especial) que passa do artista para o ouvinte, está sempre lá. Eu sou músico e por isso facilmente me apercebo dos pregos. Sinceramente é outra coisa que eu acho realmente pouco importante. Por vezes vejo as pessoas comentarem os pregos como se tivessem um ouvido apuradissimo, contentes por terem dado fé deles. É sinceramente pouco relevante os pregos uma vez que se a emoção estiver lá o resto tem muito pouca importância num concerto ao vivo. Se gostarem de ouvir sem pregos (e sem metade da emoção também) comprem os discos.
Em relação à questão de ser melhor ouvi-lo com uns copitos ou não eu penso que as duas opiniões são válidas, no entanto penso que o verdadeiro fã não se importa como ele está no concerto desde que haja entrega. Eu pessoalmente como gosto muito dele, pelo seu espírito, e pelos ideais que ele representa gostaria que ele bebesse de uma forma moderada porque gostava de o ter entre nós por muitos e muitos anos, e com qualidade de vida.

Para o Jorge só posso dizer que é um farol a indicar ideais que partilho praticamente na totalidade.

És o maior Jorge.