Digressão do álbum ‘Voo Nocturno’ termina no Campo Pequeno
Concerto de Palma inspirado no Metro
Jorge Palma encerra na próxima sexta-feira, às 22h00, no Campo Pequeno, a digressão de ‘Voo Nocturno’, álbum que este ano lhe valeu o seu primeiro lugar do top nacional de vendas. Baptizado de ‘O Último Metro’, o espectáculo será "especial", revelou o músico ao CM no decurso de uma viagem de Metropolitano de Lisboa durante a qual surpreendeu o público, tocou canções a pedido dos fãs, deu autógrafos e recordou histórias dos "idos de 70" no Metro de Paris.
Alguns passageiros do Metro de Lisboa pediram
ao músico para interpretar as suas canções favoritas
Sobre o concerto do Campo Pequeno, garante que "vai ser diferente, a todos os níveis, daquilo que temos feito este ano na estrada". E explicou: "Começa logo pelo alinhamento, que inclui canções que poucas vezes tocamos e, claro, algumas incontornáveis". Mas há mais. "O palco é também especial, circular, por isso vou estar em rotação", disse, entre risos.
Além de ‘Os Demitidos’, banda "bem rodada" que o acompanhará em palco, Jorge Palma conta com convidados "especiais". "O Filipe Valentim (teclista dos Rádio Macau) vai estar lá, o Edgar Caramelo toca saxofone num tema, o Gabriel Gomes (Sétima Legião) tocará acordeão e o Tim e o João Gil também vão cantar comigo", adiantou. "Tudo aponta para que seja um belo espectáculo", acrescentou.
Os bilhetes para o concerto de sexta-feira custam entre 20 e 35 euros. Depois do Campo Pequeno, Palma ‘fecha a loja’ este ano. "Vou aproveitar o tempo para escrever, com calma, para voltar a gravar em 2009. Até ao fim do Verão quero ter um naipe de músicas novas", diz.
"FOI UMA FASE DE OURO NA VIDA"
Jorge Palma, que nos anos 70 fez do Metro de Paris palco, confessa que a experiência foi enriquecedora. "Perde-se a timidez toda", diz, recordando episódios marcantes. "Muitas vezes as pessoas gostavam do que estavam a ouvir e seguiam até ao fim da linha… até onde eu parasse de tocar. Depois saíamos e íamos beber uns copos. Conheci muita gente de todo o Mundo assim", recorda. "Havia um café no Quartier Latin onde a gente se encontrava, trocávamos as moedas por notas e gastávamos quase tudo em imperiais. Foi uma fase de ouro na minha vida", diz. "Quando ouvia comentários de emigrantes, começava a cantar em português e eles, de repente, ficavam calados e de boca aberta. E eu então perguntava: ‘Qu’est-ce qui se passe?"